terça-feira, 14 de junho de 2011

A arte de vender em Buenos Aires



No artigo de hoje, vou comentar algumas experiências de atendimento ao cliente que tive a oportunidade de vivenciar recentemente na cidade de Buenos Aires, Argentina.


Estive alguns dias por lá e como não poderia deixar de ser, realizei algumas compras e como de hábito, aproveitei para fazer minha avaliação sobre o atendimento que recebi como turista e compradora.

Um fato que muito me chamou atenção foi a estratégia utilizada pelos lojistas para atrair os clientes ao interior das lojas.

Vou tentar explicar.
Um vendedor fica do lado de fora da loja, distribuindo panfletos e convidando você para entrar. É muito simpático e fala fluentemente o português.

Quando você entra na loja, outro vendedor assume o atendimento e aquele que lhe convenceu a entrar sai de cena, pois já cumpriu seu objetivo.
É neste momento que a magia se acaba. O vendedor que passa a atendê-lo já não fala português e não se mostra muito paciente, quando você pede que ele mostre os artigos que lhe interessam para compra.
Tal situação de atendimento me fez refletir novamente sobre a arte de vender.

Como sabemos, podemos ter dois tipos de relacionamento com nossos clientes: o relacionamento de uma só venda, ou o relacionamento contínuo (de várias vendas).
Os vendedores que optam pelo relacionamento de uma só venda, normalmente vivem começando seu trabalho do zero, sem nenhuma recorrência ou indicação.

Já os vendedores que optam pelo atendimento através de um relacionamento contínuo, geralmente tornam seus clientes cativos. Estes clientes sempre retornam e normalmente indicam amigos que passam a se tornar novos clientes cativos e assim sucessivamente.
Então, de que adianta uma pessoa muito simpática na porta, tentando convencer possíveis clientes a entrar se depois, no interior da loja, você será atendido por outra pessoa e receberá outro tratamento?
Na minha concepção, parece apenas uma simples estratégia para atrair possíveis consumidores para o interior das lojas.

Percebi que eles não se preocupam muito com o atendimento O importante é ter a loja cheia, pois alguém sempre leva alguma coisa.

Além do mais, somos turistas e provavelmente os vendedores e lojistas pensem: eles não voltam tão cedo e quando retornarem talvez eu nem esteja mais aqui. O importante é fazer esta venda e pronto.”

Será esta a melhor postura para um vendedor, ou lojista?

Será que estes lojistas e vendedores já pensaram alguma vez em fidelizar clientes?

Será que o proprietário está realmente preocupado se os turistas terão uma boa impressão, em relação ao atendimento prestado em sua loja?
Ao que me pareceu as respostas são todas negativas, pois a estratégia utilizada para a realização das vendas é pescar cada provável cliente na rua.
Me parece que os lojistas esquecerem do marketing de boca a boca, aquele que as pessoas fazem gratuitamente, de forma positiva, ou negativa.

Mas podem acreditar que ele existe e funciona em todos os paises. Assim que eu voltei de viagem, um grupo de amigas resolveu fazer o mesmo passeio e claro que elas me pediram indicações de lojas.

Incrível não !!!

Infelizmente eu só pude indicar uma, das muitas que visitei ( no próximo artigo relatarei este caso ).

Moral da história:

“ Faça sempre seu melhor, pois você nunca sabe o que o dia seguinte pode lhe trazer ’’

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